Data: 09-04-2012
Criterio: B1ab(iii,iv)
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Aespécie ocorre no estado de São Paulo, com EOO de 1.121,45 km², sujeita a menos de cinco situações de ameaça. A área de ocorrência da espécie,próxima a um grande centro urbano, sofre impacto, com a substituição dasflorestas pela ocupação humana, pela passagem de linhas de transmissão,gasoduto e outras atividades que degradam o ambiente. ?
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Ocotea serrana Coe-Teix.;
Família: Lauraceae
Rohwer (1986) inclui O. serrana no grupo de Ocotea velutina, que temcomo características as folhas elípticas ou lanceoladas, pilosas, com pêloseretos na face abaxial. As espécies deste grupo apresentam folhas em geralmaiores que 10 cm,o que não ocorre com O. serrana. As anteras são geralmente quaseretangulares, com a parte basal pouco mais larga que a parte apical. O ovárioestéril das flores masculinas varia de relativamente desenvolvido a filiforme,mas sempre possui o estigma evidente. Os frutos são globosos ou elípticos, nãoenvolvidos pela cúpula. O autor relaciona neste grupo, a saber: Ocoteavelutina (Nees) Rohwer, Ocotea velloziana (Meisn.) Mez, Ocoteatabacifolia (Meissn.) Rohwer, Ocotea citrosmoides (Nees) Mez e Ocoteabasicordatifolia Vattimo. Nome popular: canelinha (Quinet,2008).
Não há dados populacionais para a espécie, entretanto foram encontrados 5 ind. na Área de ImpactoDireto em área de instalação do projeto de gasoduto no estado de São Paulo(Comgás, 2011), que em breve serão suprimidos.
Ocorre no estado de São Paulo (Quinet; Baitello; Moraes, 2011).
Árvore de até 12 mde alt., dióica, ramos cilíndricos, estriados, áureo-tomentosos. Folhas alternas, cartáceo-coriáceas,elípticas ou lanceolada-elípticas. Inflorescênciaaxilar, tirsóide. Floresdiclinas, tépalas áureo-tomentosa ou glabrescente, papilosas na margem e ápice.Fruto bacáceo, elipsóideou globoso, sobre cúpula pateliforme. Floração: março a agosto; frutificação: de agostoa janeiro (Quinet, 2008). Espécie Secundária Inicial. Polinizada porinsetos. Dispersão endozoocórica (Comgás, 2011).
1.3.3.2 Selective logging
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Pela sua localização, próxima a um grandecentro urbano, a Serra da Cantareira e o Parque da Cantareira sofrem diversas pressões antrópicas. O Parqueencontra-se seccionado por estradas e linhas de transmissão, facilitando seuacesso para diversas atividades irregulares. As áreas de entorno dessa UC temsofrido, ao longo dos anos, a substituição das florestas pela ocupação humana,para fins de instalação de áreas residenciais, de tipos diversos , desde favelasa chácaras e condomínios de alto padrão (Arzoll, 2011). Segundo o Plano deManejo do Parque Estadual da Catareira é uma ameaça à espécie o desmatamentoe/ou exploração de madeira irregular, em especial a extração irregular doPalmito (Euterpes edulis) (Arzolla et al., 2009).
9.9 Restricted range
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
Segundo Quinet (2008) dentro dos critérios ecategorias da lista vermelha da IUCN, é considerada vulnerável (VU), porocorrer em não mais que dez localidades.
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como: Parque Estadual da Serra do Mar e APA Municipal Capivari (Garcia ePirani, 2007); Parque Estadual da Catareira (Arzolla et al., 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Deficiente de Dados (DD). Lista vermelha daflora do Brasil (MMA, 2008).
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
- LEONEL, C. Parque Estadual da Cantareira, Plano de Manejo, São Paulo, 2009.
- QUINET, A. O Gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) no Sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.
- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R.D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.
- ROHWER, J.G. Prodromus einer monographie der Gattung Ocotea Aublet (Lauraceae), sensu lato. 1986. 3-278 p.
- ARZOLLA, F.A.R.D.P. Florestas secundárias e a regeneração natural de clareiras antrópicas na Serra da Cantareira. Tese de doutorado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2011.
- COMGÁS. Estudo de Impacto Ambiental - reforço RETAP, Diagnóstico Ambiental, 2011.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
CNCFlora. Ocotea serrana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea serrana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 12:56:37